CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Comércio calcula os prejuízos para 2015

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Uma equação de difícil solução. É assim que os empresários do comércio em Mato Grosso definem o ano de 2015, com o acúmulo de 6 feriados prolongados, elevação de custos e perspectiva fraca de vendas. Para todo o comércio brasileiro, o impacto dos feriados sobre a lucratividade das empresas do ramo deverá alcançar R$ 15,5 bilhões este ano, sendo 22,5% a mais que em 2014, já descontada a expectativa de inflação prevista para 2015, conforme avaliado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC).

Segundo a entidade, além do menor número de dias úteis no ano corrente, contribui para o agravamento das perdas decorrentes do maior número de feriados a crescente relação folha de pagamento e receita operacional no comércio brasileiro, em curso desde 2009.

No ano passado, além do meio expediente na Quarta-feira de Cinzas (5 de março) e também em 15 de novembro, um sábado, outros 7 feriados nacionais integrais ocorreram em dias úteis para o comércio. Em 2015 o maior número de interrupções ocorrerá em função de 10 feriados integrais entre segundas e sextas-feiras, além do meio expediente da Quarta-feira de Cinzas (em 18 de fevereiro). Pelo calendário oficial, 3 datas comemorativas e celebradas em todo o país coincidirão com segundas-feiras em 2015: Dia da Independência (7 de setembro), Dia de Nossa Senhora Aparecida (12 de outubro) e Finados (2 de novembro). Outros 3 feriados serão celebrados nas sextas-feiras, sendo: Sexta-Feira Santa (3 de abril), Dia do Trabalho (10 de maio) e Natal (25 de dezembro). Outros 2 feriados serão comemorados às terças-feiras – Carnaval (17 de fevereiro) e Tiradentes (21 de abril). Os trabalhadores também folgam em duas quintas-feiras, no dia 10 de janeiro (Ano Novo) e 4 de junho (Corpus Christi). Apenas o feriado de Proclamação da República (15 de novembro) será celebrado no domingo este ano.

 

“Na realidade, vemos um desequilíbrio macroeconômico geral e, aliado a isso, uma série de fatores que deixa o merca- do instável”, comenta o vice-presidente da Federação do Comércio, Bens, Serviços e Turismo de Mato Grosso (Fecomércio/MT), Roberto Peron. Ele cita a perspectiva de manutenção da inflação acima da média, os custos elevados do setor público, a fuga de investimentos externos, o custo mais alto do dinheiro, a oferta menor de crédito e a elevação dos impostos, medidas já colocadas em prática pelo governo. “Tudo isso deixa uma preocupação muito grande, porque temos uma perspectiva de elevação das despesas confrontada com a de baixas vendas”. Para o vice-presidente, o comércio de rua tende a ser ainda mais afetado, em comparação com os estabelecimentos localizados nos shoppings centers. “Será complicado achar uma solução e cada empresário terá que fazer uma avaliação individual”. Peron pondera que nem sempre os acordos entre os patrões e funcionários para manter as empresas operantes nos feriados poderão garantir bons resultados, já que as vendas podem diminuir nessas datas.

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