A quantidade de empresas comerciais instaladas em Mato Grosso reduziu 10,09% em 12 meses, segundo a Pesquisa Anual do Comércio (PAC) 2012, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira (1º). Na época, o total de empresas comerciais varejistas, atacadistas e automotivas somavam 24,575 mil, ante 27,334 mil em 2011. Consequentemente, o número de pessoas ocupadas nestes segmentos caiu 4,77% pela mesma base comparativa, e baixou de 187,205 mil para 178,257 mil no Estado.
Apesar disso, o setor do comércio elevou a receita bruta em 24%, ao alcançar R$ 66,817 bilhões em 2012, ante R$ 53,867 bilhões no ano imediatamente anterior. O comércio atacadista registrou o maior crescimento no Estado, com índice anual de 31% e receita bruta de R$ 37,152 bilhões em 2012, contra R$ 28,268 bilhões em 2011. No comércio de veículos, peças e motocicletas a receita bruta evoluiu 18% pela mesma base de comparação e alcançou R$ 8,550 bilhões em 2012. O menor crescimento foi notado no comércio varejista, que atingiu R$ 21,114 bilhões de receita bruta em 2012, após crescer 15% sobre 2011.
Para o presidente em exercício da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Cuiabá, João Batista Rosa, o comércio em geral tem registrado a piora do cenário econômico desde 2011. “Ainda assim, naquele ano estava melhor do que neste”. Para 2015, a recuperação das empresas comerciais depende de novas medidas do governo federal que possam estimular a economia, avalia Rosa. “Caso contrário, o capital internacional continuará saindo do Brasil e trará sérias consequências, inclusive para nós em Mato Grosso, onde a atividade é fortemente atrelada ao agronegócio”.
Ele lembra que neste ano, as principais commodities agrícolas registram baixa cotação, sendo este mais um fator que reflete negativamente no comércio. “Quando o agronegócio vai bem, o comércio vai bem”.
Brasil – Segundo os analistas do IBGE, nas regiões Norte, Nordeste, Sudeste e Centro-Oeste, o comércio por atacado é mais importante, em termos de receita, que o varejo. Contudo, apenas a última apresentou grande distância entre os 2 tipos de atividades: enquanto o setor atacadista arrecadou 49,5% da receita no Centro-Oeste, o varejo alcançou 37%. No Sul, a maior porcentagem da receita ficou com o varejo: 48% contra 39,2% no atacado.
FONTE: GAZETA DIGITAL