CONFEDERAÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO DE BENS, SERVIÇOS E TURISMO

Horário de Verão: a questão dos expedientes

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O diretor da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL Cuiabá), Roberto Peron, fala que um grande número de lojistas não estende o horário tendo em conta este período diferenciado, “pois é preciso avaliar custo-benefício da hora extra dos funcionários, mediante o movimento de clientes neste período. Além do mais não temos notado economia na conta de energia elétrica para dizer que os custos seriam, de alguma forma, compensados”.

De acordo com Paulo Salem, presidente da Associação dos Lojistas do Centro Histórico de Cuiabá (Achicba), o principal motivo que justifica o fato de a maioria dos lojistas do Centro não aumentarem o expediente é esse mesmo – a continha na ponta do lápis sobre custo-benefício. No entanto, lembra ele, se fosse uma ação organizada entre todos os lojistas da região, com divulgação, seria aumentada a possibilidade de trazer consumidores depois do expediente de trabalho deles para as lojas, inclusive aqueles que compõem os quadros do funcionalismo público que, com as obras da Copa 2014, em parte, são liberados às 19h.

 “Temos as grandes lojas, entre elas Riachuelo e Avenida, que fazem este horário extra, o ano todo, abrindo das 8h às 19h e 20h. E o exemplo destas lojas, na abertura aos domingos e alguns feriados, movimentando significativamente suas lojas, mostra que um trabalho neste sentido dá certo”, completa Salem.

 O vice-presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL/MT), Ozair Bezerra, exemplifica com a própria loja a questão de consumo versus expediente extra. “Comparando com outros períodos, percebo que a economia do Horário de Verão é de menos de 5%. Mesmo havendo esta redução no valor do boleto não compensa manter minha loja aberta uma hora a mais, pois o pico do ramo que trabalho é nas horas de almoço, entre 11h e 13h, e entre 8h e 9h”. O segmento em que atua sua loja atende ao público de costureiras, alfaiates, bordadeiras, artesãos no ramo de bijuterias e acessórios. “Mas esta questão de horários é muito interessante: aqui em Cuiabá, por ser de clima muito quente, seria interessante abrir das 4h da manhã ao meio-dia. Só que isso requer mudança cultural no comportamento das pessoas e dos comerciantes, planejamento de longo prazo. E temos que levar em conta que há diferença de segmento para segmento, conforme seu público”, diz ele.

Para Salem a ideia de variar expedientes pode até não ir tão longe – no entanto caberia uma mudança “para abrir às 9h (quando, pratiamente, não temos movimento) e fechar às 19h, com todos os lojistas em conjunto e em acordo com o sindicato dos comerciários”. (Assessoria de Imprensa CDL Cuiabá: Honéia Vaz). 

Fonte: CDL Cuiaba

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